terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Insustentável Leveza do Ser

A compaixão

Um capítulo inteiro é dedicado à questão da atitude humana de compaixão. Sob uma perspectiva filológica, Kundera compara o sentido da expressão nas línguas latinas e nas línguas germânicas, e as implicações dessa nuance de sentido na vida psicológica e sentimental dos indivíduos.

Kundera afirma que as derivações latinas da palavra compaixão significam simplesmente piedade, um sentimento que se impõe quando um indivíduo está em posição de superioridade frente a um outro que sofre. Assim, a compaixão torna-se uma relação de poder dominadora, na qual um indivíduo se sobrepõe sobre outro, podendo oferecer-lhe sua compaixão como um presente, sem porém compartilhar do sentimento que leva o próximo a sofrer.

Nas línguas germânicas, porém, compaixão assume um sentido de "co-sentimento": o in´divíduo que sente compaixão sofre junto com o seu próximo, o mesmo sentimento. Para Kundera, a compaixão é muito mais terrível do que a piedade porque a incapacidade humana de transpor os limites da subjetividade faz com que o sentimento careça de um certo esforço imaginativo que quase sempre multiplica a dor do próximo, fazendo-a mesmo maior do que a do próximo.

A metáfora utilizada para ilustrar o problema da compaixão é, mais uma vez, Tomas em sua relação com Teresa. É através da compaixão que ele sente por ela que ela consegue prender-se a ele em definitivo desde o primeiro momento.

Kundera entrevê na noção de Eterno Retorno da filosofia nietzscheana a escapatória para o arrependimento que pode decorrer da escolha entre a leveza e o peso, o comprometimento e a liberdade pura.

Kundera explica a ideia de Eterno Retorno no início do livro, no primeiro capítulo da primeira parte. Em linhas gerais, a ideia diz respeito à possibilidade das situações existenciais repetirem-se indefinidamente no tempo, por força de uma finitude das possibilidades frente a infinitude do tempo. O que parece um fundamento cosmológico vazio ganha implicações éticas imensas na perspectiva de Kundera: uma vida que desaparece não tem o menor sentido. A própria história humana só é tratada com descaso pela própria humanidade por força de sua linearidade. Uma mentalidade educada sob a perspectiva de uma história cíclica, repetindo indefinidamente, dificilmente deixaria escoar no vazio a própria vida. O argumento do Eterno Retorno assume então uma face de "convite à vida", com suas alegrias e mazelas. De modo rasteiro, a ideia do Eterno Retorno convida o homem a fazer a vida valer a pena de ser vivida.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Jacek Yerka é um famoso pintor nascido em 1952 em uma pequena cidade do norte da Polônia, cujo trabalho tem sido divulgado com grande êxito.

Eu gostaria de visitar estes mundos ...

















































terça-feira, 10 de novembro de 2009

Hamelin





É uma cidade da Alemanha no Estado da Baixa Saxônia Niedersachsen, capital do distrito de Hamelin-Pyrmont.
No local onde se encontra a cidade havia um mosteiro, fundado em 1851 D.C, ainda durante a alta Idade Média. Uma pequena vila cresceu em suas imediações e tornou-se uma cidade no século XII. A sua época de maior crescimento aconteceu no século XII, quando em 1664 a cidade foi fortificada, sendo a fronteira do Ducado de Brunswick-Calenberg; em 1864 passou a fazer parte da Prússia.
O Flautista de Hamelin é um conto folclórico, reescrito pela primeira vez pelo Irmãos Grimm e que narra um desastre incomum acontecido na cidade de Hamelin, na Alemanha, em 26 de junho de 1284.
A cidade de Hamelin estava sofrendo com uma infestação de ratos. Um dia, chega à cidade um homem que reivindica ser um "caçador de ratos" dizendo ter a solução para o problema. Prometeram-lhe um bom pagamento em troca dos ratos - uma moeda pela cabeça de cada um. O homem aceitou o acordo, pegou uma flauta e hipnotizou os ratos, afogando-os no Rio Weser.
Apesar de obter sucesso, o povo da cidade abjurou a promessa feita e recusado-se a pagar o "caçador de ratos", afirmando que ele não havia apresentado as cabeças. O homem deixou a cidade, mas retornou várias semanas depois e, enquanto os habitantes estavam na igreja, tocou novamente sua flauta, atraindo desta vez as crianças de Hamelin. Cento e trinta meninos e meninas seguiram-no para fora da cidade, aonde foram enfeitiçados e trancados em uma caverna. Na cidade, só ficaram seus opulentos habitantes e seus repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por suas sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza.
E foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança.














Hochzeitshaus

























Rattenfängerhaus (Casa do flautista de Hamelin)